Rodríguez desconfia que o futuro não passará pelo FC Porto, com quem tem mais um ano de contrato, mas continua sem indicações concretas sobre o assunto. Delegou essa responsabilidade no representante para se concentrar totalmente na selecção uruguaia, que eliminou a Argentina e reforçou a candidatura à conquista da Copa América. "Não tenho ainda nada decidido sobre o que vou fazer. Sei apenas que tenho mais um ano de contrato e é o meu empresário que está a tratar disso", sublinhou a O JOGO. Ofertas não lhe faltaram nos últimos tempos, que ele próprio não se inibe de enumerar: "Sim, tive várias possibilidades. Da Argentina o Boca Juniors; o Atlético de Madrid ou voltar ao Peñarol. Por enquanto, continuo firme no FC Porto, onde estou contente e tranquilo, porque tenho mais um ano de contrato". Se dependesse dele, uma das ofertas teria prioridade. "Sem dúvida de que gostaria de voltar ao Peñarol, clube de que sou adepto. Seria lindo, mas não depende de mim. Pelo que sei, creio que o FC Porto quer vender-me. Foram eles que me compraram e dependo da decisão que tomem".
Ainda que seja pouco provável, ficar no Dragão nunca seria um problema, porque aliciantes não faltam. "Temos uma final importante com o Barcelona e seria lindo jogá-la. Além disso, há a Champions, torneio que todos os jogadores querem jogar. Mas, repito, continuar ou não no FC Porto depende do que decidirem o clube e o meu representante". Depois de ter enfrentado Messi, faz um relatório pormenorizado sobre o que os portistas vão encontrar no Mónaco. "Messi é o melhor do mundo, mas encontrámos maneira de o marcar". Como? "Com concentração, atenção e firmeza é possível travá-lo. Não podemos distrair-nos um segundo, se não acontece um passe como aquele que deu o empate à Argentina", avisou.
Da saída de André Villas-Boas, poucas palavras. "Não falei com nenhum dirigente, nem com os meus companheiros sobre esse tema. Só me ligaram para perguntar como estava da minha lesão e desejaram-me sorte para a Copa América. Quando voltar a Portugal saberei o que se passou e como estão as coisas agora".
Depois de ter falhado o último Mundial por causa de uma agressão ao argentino Heinze - soube-lhe ainda melhor eliminar a Argentina por isso... -, Rodríguez quer juntar mais um título a uma época de sonho. "Foi uma temporada muito boa. Ganhar um título europeu não é coisa que se consiga todos os dias e agora a selecção está a dar-me outra alegria. Eliminar a Argentina, que jogava em casa, é uma vitória a dobrar. Estou rouco de tanto ter gritado no balneário". Vencer a Copa América é uma hipótese fortíssima. "A ilusão cresce", admite Rodríguez, antes de enviar um abraço a Guarín e a Falcao, que falhou um penálti. "Estou triste por eles, porque sei que também queriam muito ganhar esta competição".
